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Foto do escritorFOLHA DE BEQUIMÃO

Plano de assassinato de Lula e Moraes: detalhes da conspiração revelados pela PF.

A Polícia Federal desarticulou um plano digno de filmes de espionagem política. Um grupo formado por quatro militares e um policial federal tramou matar o presidente eleito Lula, o vice Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, após a derrota de Bolsonaro em 2022. A PF detalhou as investigações em um documento de 221 páginas.


O plano seria executado em 15 de dezembro de 2022, três dias após a diplomação de Lula-Alckmin. Os criminosos consideraram envenenar Lula, explorando sua saúde como justificativa. Segundo o relatório, planejavam causar um colapso orgânico com substâncias químicas.


A operação “kids pretos”, nome dado ao plano, foi desvendada por meio de dados telefônicos e informações recuperadas dos celulares de Mauro Cid e Marcelo Câmara, ligados a Bolsonaro. O grupo usava codinomes para disfarçar identidades: Lula era “Jeca”; Alckmin, “Joca”; e Moraes, “Professora”.


No diálogo de 8/12/22, o general Mario Fernandes alertou Bolsonaro sobre a necessidade de agir rapidamente, temendo perder o controle sobre manifestações e o comando militar em 20 de dezembro. Ele também expressou desprezo por Lula em mensagens trocadas com Cid.


As investigações identificaram que os envolvidos usavam celulares em nome de terceiros para dificultar o rastreamento. Impressões digitais de um dos militares foram encontradas em documentos falsos usados para registrar linhas telefônicas.



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